quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Annie Leibovitz



Annie Leibovitz é uma das fotógrafas mais conceituadas e publicadas das últimas 4 décadas nos E. U. A.
Embora a paixão pela fotografia já fosse anterior, para Annie tudo começou na década de 70.
Vivia-se a ressaca do "summer of love". O centro do todo o turbilhão era S. Francisco, onde estudava Artes na faculdade.
O seu portfolio agradou à Rolling Stone, que a contratou.
Inicialmente limitava-se a acompanhar os repórteres, sem qualquer guião e com total liberdade criativa para escolher como cobrir a história em questão.
Numa altura em que era impossível nos E.U.A. escapar à actualidade política, a Rolling Stone não foi excepção e assim, curiosamente, o seu 1º trabalho acabou por ser a despedida de Nixon da Casa Branca, acompanhada pelo inesquecível Hunter S. Thompson.
Desde o início, cultivou uma intimidade muito própria com as pessoas que fotografava, optando por as acompanhar durante dias, até que a sua presença fosse natural. Apesar de nada ortodoxo, o método teve os seus frutos, permitindo-lhe captar a verdadeira essência de quem encarava a sua objectiva.
As fotos icónicas da sua já longa carreira são inúmeras, esmagadoramente retratos.
Políticos, músicos, desportistas, actores, pintores foram imortalizados pelas suas lentes, não só pela sua imagem como por todo o contexto social e pessoal que os rodeava na altura em que foram retratados, frequentemente de forma vanguardista, polémica e desafiadora dos tabus que os E.U.A. tão bem sabem cultivar e tão dificilmente reconhecem.
Uma espécie de consciência crítica dos E.U.A. pós-hippie.
A sua mais recente exposição anda em tour pela Europa.
Era bom Portugal aparecer no mapa...

A minha foto preferida é de Susan Sontag, ensaísta brilhante com quem partilhou o coração e a vida até que a morte a levou cedo demais.
O cenário é Petra, a última viagem juntas...




(Note to self:preciso de comprar uma máquina fotográfica...)

2 Comments:

Blogger Teresa Domingues said...

A foto está esplêndida!!!
Mesmo!
:)

10/2/09 22:02  
Blogger Me, Myself and I said...

É realmente uma das minhas preferidas do pouco que conheço desta arte.
Pelo simbolismo que carrega, de despedida, de caminho para a luz que tanto associamos à morte.
gostava de encontrar uma exposição dela...com urgência :)

Obrigado pelo comentário.
Bom saber que está alguém por aí...
E já agora parabéns pela entrada na Ordem :) (sim tb dou uma olhada frequente pelo teu blog...)

28/3/09 05:26  

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