sábado, março 05, 2005

governo novo, vida nova

Assim se espera que seja depois do dia de ontem. As novas-velhas caras juntam-se a novas-desconhecidas caras num grupo que de guterrismo pouco ou nada tem. Transitam do antigamente: Mariano Gago, Augusto Santos Silva, António Costa, Alberto Costa e Correia de Campos, os poucos exemplos de sucesso do tempo de guterres. E ainda bem. Regozijo-me especialmente pelos dois primeiros, com pena que o segundo não tenha ficado na educação ou na cultura. Manterá concerteza o diálogo com a sua amiga Isabel Pires de Lima, que está na cultura e é do Porto (!) - teremos uma Casa da Música finalmente ao nível de um CCB? Curioso é também que a educação seja entrega ao braço direito de Mariano Gago, o que molda um governo de coesão e entendimento absolutamente fundamentais. Aplausos já ouvidos da Quercus à escolha de Francisco Nunes Correia para o ambiente, são também sinal de optimismo. Também os nomes de Luis Campos e Cunha e de Manuel Pinho (finanças e economia, respectivamente) já mereceram elogios pelo rigor e competência que demostram querer impor e praticar - ao contrário do que, em mais um exercício linguístico, Louçã apelida de "continuismo". A grande surpresa (ou não) é a de Freitas do Amaral. Não podia ser melhor a escolha para a pasta dos Negócios Estrangeiros a do homem que já presidiu à Assembleia das Nações Unidas e que é contra a guerra no Iraque. E cuja inteligência e sentido de estado ultrapassam o tacanhismo político que está a afundar a direita que ele não fundou nem sonhou.