O estranho caso de Felgueiras
A autarca/candidata/arguida-em-fuga/arguida-regressada Fátima Felgueiras não deixa de nos surpreender!
Desta vez, meteu-se na filosofia! Como: convenceu a Juíza de que não fugiria no decurso do processo crime que contra ela corre!
Cadê o argumento: Eu não fujo, se não me mandar prender, terá dito. E acrescentou: da última vez, só fugi porque ia ser presa, e não fosse aquele desembargador simpático do TCA do Porto, que depois deitou as culpas para cima de um funcionário judicial, bem que eu tinha dado com o costado na cadeia, que nem sequer fica junto do meu povo.
Pensou a Juíza: será que esta Arguida vai fugir? Se eu não a mandar prender, não tem motivos para fugir! Pois não! Claro que não! Ela só foge se eu a mandar prender, não é? Então, se eu não a mandar prender ela não foge, pois não? Ora, se ela não foge, não há perigo de fuga e, portanto, já não a posso prender. Passe a constar...
Ou seja, o argumento de Felgueiras é uma petição de princípio - argumento que prova a tese assumindo a sua veracidade como premissa.
Vamos lá repetir: argumento [não precisa de me prender por recear que eu fuja, porque...] que prova a tese [...eu não vou fugir...] assumindo a sua veracidade como premissa[... desde que não me mande prender.]
Complicado? Felgueiras teve a pensar dois anos nisto. Mas, no Rio, eu demorava a vida toda.
Continuam a achar que a corrupção é sinónimo de estupidez?
1 Comments:
Agora o que qualquer mortal faria se soubesse, como ela soube há 2 anos atrás, que antes de sequer ir a julgamento, teria de estar 2/3 anos em prisão preventiva? Não fugiria para o Brasil e ficaria quietinho a dizer q só voltaria qdo o caso fosse efectivamente à barra?
O problema é que...A lei é dura mas é dura...E é para todos...
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