quarta-feira, outubro 10, 2007

Rivolução

Bom dia a todos e um bom regresso ao N/ M.M.I..

Hoje acordei com um forte desejo: queria que o Primeiro-Ministro viesse para os meus lados. Isto porque o que me apetecia realmente era manifestar-me; dizer palavras de ordem; assobiar; insultar; mostrar toda a raiva que tenho dentro mim; e claro, falar para as televisões e demonstrar a minha irritação perante este Primeiro-Ministro e este Governo socialista (acho que chegaria mesmo ao ponto de utilizar a palavra “escândalo” na minha entrevista).
O que seria diferente de todas as outras, é que esta manifestação seria espontânea.

Por falar em manifestações, hoje dois temas me assustam.
Por um lado, a trapalhada com o José Rodrigues dos Santos. Agora vamos (Conselho de Administração) fazer um procedimento disciplinar. Será ingerência? Será que já não houve uma ingerência bem mais grave aquando da nomeação da correspondente em Madrid?
Por outro lado, a decisão de arquivamento da queixa crime apresentada contra as pessoas que ocuparam o Teatro Rivoli. Quem não se lembra da palavra de ordem de “Rivolução”? O que me deixa algo perplexo é a aparente natureza política do acto como justificação do acto e como fundamento para o arquivamento da queixa. Só não percebo então qual a razão por que todo o país ficou revoltado com a invasão de propriedade privada por um grupo de apelidados terroristas… haverá assim tanta diferença? Será que se esses tais terroristas alegaram a natureza política do seu acto, a queixa apresentada contra eles será arquivada? Ainda a bater no ceguinho, se um grupo de cidadão cortar uma estrada qualquer, por motivos mais diversos, nem que não seja para dizer mal do Governo, será que serão acusados?

Para terminar, fica mais uma pergunta: se a invasão do Rivoli foi um acto político; se os Rivolucionários tivessem sido acusados e se eles tivessem fugido para o Brasil, será que poderiam alegar o estatuto de refugiados políticos?

1 Comments:

Blogger Me, Myself and I said...

O ridiculo no caso da RTP é que a Rosa Veloso foi a 4ª classificada no concurso para determinar quem seria correspondente em Espanha... E mesmo depois de a extinta AACS ter determinado que a medida não era legitima, a administração manteve-a alegando algo do género "mas ninguém nos disse expressamente para a mandarmos regressar"... Só mesmo nesta aldeia triste que chamamos país.

10/10/07 12:09  

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