Karol Wojtyla
O mundo cristão ( e não só...) está suspenso, com os olhos postos no Vaticano.
Para crentes e não crentes, católicos praticantes ou não, uma personalidade como esta é incontornável e apesar das posições polémicas que defendeu, nomeadamente quanto ao uso de contraceptivos, foi um dos maiores percursores da abertura da Igreja Católica a outras religiões, professando um ecumenismo exemplar, e teve uma notória influência na libertação de alguns países de Leste, principalmente a "sua" Polónia, do jugo de uma dura ditadura comunista, tornando-se uma das personalidades de relevo incontestável do séc. xx.
Outra das características mais vincadas do seu pontificado foi a sua preseverança, o modo como, até há pouco tempo atrás, levava a cabo os seus projectos, sendo a face mais visível deste seu carácter as visitas que fez a vários países onde nunca um representante supremo da Igreja teria sequer considerado dirigir-se, nomeadamente a diversas nações africanas e do Médio-Oriente, num exemplo de abertura e de busca de consensos, ao invés de acentuar as divergências doutrinais e ideológicas.
O instituição da Igreja mantém-se, no entanto, uma estrutura ainda bastante obsoleta, demonstrando uma incapacidade preocupante de se manter a par das imparáveis mudanças a que a sociedade comtemporânea é sujeita e de ser realmente a representante espiritual de tantos milhões espalhados pelo Mundo.
Professor e filósofo, mas acima de tudo Homem como todos nós, Karol Wojtyla deixará um legado, apesar de tudo, exemplar e difícil de igualar a quem quer que lhe venha a suceder, tendo dado passos importantes no sentido de aproximar a Igreja Católica da sua verdadeira essência : a confluência de ideias e credos e, acima de tudo o resto, o respeito pelo próximo.
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