segunda-feira, novembro 07, 2005

dos exemplos



(a propósito de um mail reencaminhado pelo J. P. Costa)

Ainda que megalomanias informáticas/informativas possam desvirtuar o acto, que outra grande homenagem senão a extensa atenção (mais que uma mera referência) dada pela Wikipedia à vida da activista e mártire americana, Rachel Corrie, morta aos 23 anos por um bulldozer israelita enquanto pacificamente (sentada no chão (!)) impedia a destruição de casas em Rafah, na Faixa de Gaza.

6 Comments:

Blogger Duarte Abrunhosa e Sousa said...

Caro,

Claro que devemos lamentar sempre uma morte. Isso não se coloca em causa. Mas por sugestão deste post tive a analisar melhor o caso e a história não está muito bem contada. Esta rapariga tinha alguns ódios contido. Basta ver uma fotografia onde rasga uma bandeira americana perante crianças palestinianas. A organização da qual fazia parte não deveria fomentar a paz? Aliás, após o acidente, essa organização fez questão de pegar em 2 fotos tiradas com largas horas de distância e colocá-las como se de uma sequência tratasse. O objectivo era provar que o condutor da máquina podia ver a rapariga. Pois bem, essa fraude foi detectada pelas próprias agências noticiosas norte-americanas a tempo.
Quero com este comentário mostrar que muitas vezes as coisas não são como parecem. Não é fácil determinar quem são os bons e quem são os maus.

13/11/05 16:11  
Blogger jb said...

Um facto: «the autopsy report of March 20 concluded that Corrie's death was "caused by pressure on the chest from a mechanical apparatus."». Outro: os condutores dos D9 Israelitas, devida à fraca visibilidade e ao forte isolamento sonoro da cabine, têm normalmente um soldado que os ajuda nas manobras. Só que desta vez «the Israeli army commander of the Gaza Strip said (...) that, on the day of Corrie's death, soldiers had to stay in their armored vehicles and were not able to direct the bulldozer», ou seja, continuaram as demolições às cegas mesmo correndo o risco de atropelar inocentes! O caso de Rachel é um exemplo do que normalmente acontece: demolirem casas com gente dentro!

14/11/05 14:13  
Blogger Duarte Abrunhosa e Sousa said...

Mas isso não invalida o que eu disse. Pacifistas não podem andar a sementar o ódio e a queimar bandeiras ao lado de crianças. Tem de dar o exemplo. Para mais, a fraude das fotos mostra que as pessoas desta organização não são melhores do que os israelitas.
Aliás, recentemente aconteceu o mesmo quanto a demolições de casas de colonos israelitas. Esta organização também serviu de escudos humanos para as famílias israelitas?

14/11/05 20:24  
Blogger jb said...

Concordo contigo, mas mesmo subscrevendo as críticas que fazes a estes pacifistas, o exemplo da Rachel mostrou-me claramente quem, no médio Oriente, são os maus.

15/11/05 10:36  
Blogger Duarte Abrunhosa e Sousa said...

Ora aí estamos em total desacordo... Lembro apenas um ponto: guerra dos 6 dias. Atenção, não sou pro-israel ou pro-palestina. Sou pela paz e pela dignidade de todos. Na questão Palestiniana, todos são maus em parte... Sem distinção...

15/11/05 10:43  
Blogger jb said...

Não vou falar do que não sei - é óbvio que a situação é complexa por se arrastar há já tantos anos. Só acho que actualmente Israel, ao contrário da Palestina, tem condições (com a organização e a estabilidade governamental e social que, apesar de tudo, vai tendo) para tomar a iniciativa no processo de paz, parando de responder na mesma moeda. Não desculpo os bombistas árabes, mas no caos palestiniano é mais difícil controlá-los - ao passo que o exército israelita é comandado por um governo de uma sociedade democrática.

15/11/05 15:01  

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