segunda-feira, dezembro 22, 2008

Será este o álbum do ano? (parte IV)



Portishead - Third


A espera foi longa...mas recompensada com um dos melhores do ano para qualquer melómano que se preze.
O trio maravilha de Bristol, fundador do trip-hop, mantém a receita vencedora e surpreendentemente consegue ao mesmo tempo reinventar-se e adaptar-se à modernidade, 11 anos após o último álbum de estúdio.
Para quem os desconhece não é a sonoridade mais fácil de entender e gostar.
Mas para os fãs não é mais do mesmo... A voz doce, rouca e carismática de Beth Gibbons funciona como perfeito contra-peso para os loops, distorções e beats frios e dissonantes de Geoff Barrow, reduzindo a música ao seu esqueleto, mantendo-a simples mas nunca simplória ou enquadrável em qualquer conceito pré-defenido que possamos ter, quer da sonoridade tipo do trio britânico quer de qualquer outra que tenhamos ouvido.
É um conjunto de músicas intemporal, perturbador, pela sua urgência, poder, por funcionar como um todo, em que cada música é uma peça na engrenagem de uma máquina que avança, imparável.
É um verdadeiro elefante na loja de porcelanas que foi o panorama musical deste ano que agora termina...e veio de onde já não se esperavam grandes novidades.

Fica o 1º single do álbum, ao vivo no programa de Jools Holland.



E mais uma... "The Rip". Mesma fonte...