quarta-feira, novembro 30, 2005

Números e media

Cavaco falou e as sondagens ressentiram-se de imediato...Logo agora que o passeio pelo país estava a correr tão bem...
O meu mais recente passatempo é ver a cobertura da campanha para as presidenciais que tem vindo a ser realizada pelos telejornais portugueses . O que é preocupante e simultaneamente sintomático é o facto de, apesar de o tempo de antena estar paritariamente distribuído entre as diferentes forças políticas (excepto o já cómico Garcia Pereira de quem não há rasto mas que não se cansa de fazer barulho...a A. A. C. S. que o diga...), o candidato actualmente potencial vencedor ser aquele de quem menos imagens vemos em discurso directo, tendo normalmente que ser o repórter a "espremer" algo significativo do que é dito. Será que anda toda a gente a dormir?
Há uns dias experimentei ouvir duas estações noticiosas de rádio credíveis (TSF e Antena 1)falar da campanha e cada uma delas tinha a sua sondagem com diferentes resultados pelo facto de analisarem dados similares de modo distinto (como os técnicos, após a notícia, esclareciam). Até onde vai a margem de manobra destes técnicos?Até que ponto a sua parcialidade ou imparcialidade poderá interferir com os dados que chegam ao grande público? Alguém se lembra do caso da empresa de sondagens que pertencia a Portas?
Em que outro país civilizado, com uma cultura democrática de mais de 30 anos, se veria um candidato que raramente fala e quando confrontado com perguntas concretas se esquiva ou responde de modo vago, ter a maioria das intenções de voto?
Os media escritos e audiovisuais (com predominância para os últimos)têm um poder indescritível, que esta situação caricata só vem confirmar.
A boa notícia é que o número de indecisos tem vindo a aumentar...Afinal ainda há luz ao fundo do túnel...

1 Comments:

Blogger jb said...

será interessante dar uma saltada ao margem de erro.

30/11/05 18:01  

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