sexta-feira, outubro 19, 2007

Habemos Papa!

E não é que o "Socras" lá conseguiu que se aprovasse em Lisboa o tão propalado Tratado Renovador? Agora só faltam as ratificações e as assinaturas.
Muitos dirão : "Eh pá isso é grande tanga.A Alemanha deixou tudo cozinhado no seu mandato. Era só deixar em lume brando e levar à mesa." Pois, tá certo. Agora que fica bem fica.Tratado de Lisboa...é bonito... E foi bem dura a viagem.
Apesar do uso político que alguns lideres europeus mais renitentes fizeram destes timings para exigências de última hora, para efeitos mais de gestão de imagem interna do que qualquer outra coisa, a aprovação deste Tratado vai finalmente trazer à União Europeia uma viragem decisiva, adaptando às realidades actuais uma instituição cada vez maior e mais pesada e efectuando uma integração mais efectiva dos seus membros mais recentes.
A ver vamos que resultados práticos vão ter todas estas novidades...

Pela política nacional, ontem houve Grande Entrevista com o novo líder do PSD. Calmo, tranquilo, foi expondo as suas ideias ao seu ritmo, apesar de por vezes ao invés de responder directamente ao que lhe era perguntado, optar pelo caminho mais longo e penoso da demagogia. Um exemplo flagrante deu-se quando Judite de Sousa lhe pergunta o que deveria ser feito relativamente à reestrutração da Administração Pública e lhe expôs os números e os objectivos que o Governo se propõe atingir. Menezes, tranquilamente, responde que o Governo deveria optar por encaminhar os funcionários públicos para empresas ligadas ao Estado, onde pudessem continuar a trabalhar, agora em regime de outsourcing, com a Administração Pública.
Ora bem, as questões são inúmeras: ia criar novas empresas de raíz? Se não, para que tipo de empresas iriam ser "mobilizados" esses funcionários? Envolvendo despesas esse outsourcing, quem as paga?
Colocou a fasquia bem alta relativamente a futuras eleições, afirmando que está habituado a ganhar. Quanto ao dossier Santana, manteve a coerência no discurso, reafirmando que o risco de bicefalia na liderança é pura fantasia e a sua confiança no ex-Primeiro Ministro (até me arrepiei agora...).
Será que a montanha vai parir um rato?