quarta-feira, janeiro 18, 2006

Presidenciais VI - a chegar ao fim

Começo a sentir que escrevo mais por reacção do que por acção. Mas as críticas são pertinentes, quem cala, consente e o tempo não é muito. Enfim...!
Desta vez vou tentar fugir um pouco, até porque me parece que entramos em argumentos e pontos de vista já vistos e replicados. Por isso deixo apenas umas notas:
  • Alegre não tem um passado inoperante. Já deixei alguns exemplos. Uma biografia política encontra-se em http://www.manuelalegre.com.
  • Eu concordo com a dissolução da AR, no caso da privatização da água. Já o deixei escrito; também perguntei o que faria cada um de nós se tal acontecesse. Ainda não vi qualquer resposta, nem aqui, nem em qualquer outro lugar. E não vale dizer, como fez o nosso carísimo MMI, que não cabe ao PR encontrar a resposta. A quem cabe então? E o que faz o PR no meio disto tudo: assobia para o lado ou empurra com a barriga?
  • Os argumentos estão vistos e revistos: Alegre não vai salvar a pátria, mesmo que seja eleito PR, como bem espero.

4 Comments:

Blogger Me, Myself and I said...

Como disse e repito: um PR não deve imiscuir-se em assuntos que dizem respeito ao Governo e não deve pôr em causa uma maioria estável por uma decisão que não lhe cabe. A resposta à situação cabe ao Governo. O sistema político português, por alguma razão, é semi-presidencialista e não presidencialista e quem toma uma decisão que põe em causa todo o ideário-base da Constituição que jura defender com certeza não deve ser Presidente.
Quanto à decisão em si, se fosse eu a tomá-la procurava antes informar-me a fundo junto de entendidos e das partes envolvidas do que estava em causa e tomava uma decisão fundamentada sobre a conduta a seguir.Isto para mim n é empurrar com a barriga...
O P.R., acima de tudo deve exercer a sua magistratura com ponderação e ponderação não é igual a Manuel Alegre por muitas voltas que se dê.

18/1/06 18:05  
Blogger o bárbaro said...

A água não é um assunto do Governo!

18/1/06 19:49  
Blogger jb said...

Eu só dissolveria a Assembleia se, depois de me reunir com o Primeiro Ministro, tendo-lhe exposto a minha preocupação face à gravidade de tal medida (nisso estamos de acordo) e ouvindo abertamente os argumentos do PM, verificasse que a intenção não representava uma mais valia para o país, ou punha mesmo em risco o acesso à água por parte dos cidadão mais carenciados - o que é bem diferente do discurso taxativo de Manuel Alegre.

(já agora, também sou contra o serviço militar obrigatório...é mais por ser magricelas...e vocês?)

18/1/06 20:32  
Blogger João Pedro Costa said...

Diz a constituição que têm que coexistir os três modelos de gestão: privada, publica e cooperativa!
Poucas coisas são geridas publicamente. Privatizar a àgua, além de ser um enorme erro político, seria, no limite, esvaziar de sentido tal disposição constitucional!
É questionável se se trata de um assunto do governo (pq n do parlamento, atenta a importância?). Falo sem ler a constituição (bastava ver os artigos da competência, mas não me apetece ir procurar, por isso recorro à sabedoria saloia!)...
Posto isto, se tal decisão governativa poderia colacar em causa uma disposição constitucional, por que razão não pode o Presidente República intervir? Coloquemos a questão no limite:se o Governo quiser impor censura? Já pode o PR dissolver Assembleia? se a resposta imediata é sim, então a resposta para a primeira questão tem necessariamente que ser também sim!!

19/1/06 13:59  

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