quarta-feira, dezembro 13, 2006

Bloguices...

Já tinha saudades de dar uma blogada por aqui.
O Natal está aí à porta, o desespero consumista instala-se e o crédito aumenta como nunca.
Por cá tudo na mesma...
Às segundas-feiras à noite o canal 1 tem passado umas comédias extremamente engraçadas.
Esta semana falou-se de Lisboa, com uma dívida de quase um bilião de euros, um executivo que se vê em grandes dificuldades para ver aprovado o orçamento, coligações que caem com a justificação de falta de solidariedade política quando esta se refere meramente à escolha de um nome para gerir uma empresa pública participada pela C. M. L., falou-se em ingerências da Assembleia Municipal em matérias que vão além das suas competências e até numa hipotética "mãozinha" de Marques Mendes na tomada de decisões. Até houve tempo para um representante de uma nova geração de constitucionalistas revolucionários (desta vez acabado de saír da Faculdade de Direito de Lisboa mas já especialista credenciado em Direito Administrativo, com tempo de antena condicente com a sua condição de quase nobreza) defender uma radical restruturação do poder local...Foi cómico...
Por outro lado, o Governo continua a facturar na receita fiscal, com o competente Paulo Macedo a mostrar como se devia ter feito até hoje e a bater todos os recordes.
Foi finalmente marcado o referendo para a despenalização da interrupção voluntária da gravidez até às 10 semanas e as "tropas" já se começam a organizar para o que esperemos venha a ser um debate esclarecido sobre o que relamente está em questão e não sobre questões religiosas e morais, como por exemplo o PP procura fazer.
A oposição mantém-se cada vez mais um exemplo do que não deve ser uma oposição num país democrático, optando recorrentemente pelo fait-divers em deterimento de propostas fundamentadas e construtivas que constituam verdadeiras alternativas, embora, verdade seja dita, tal não se afigure nada fácil, com a já forte oposição interna que os lideres enfrentam (principalmente no PP) e um Governo que, apesar de não se poder dizer que seja irrepreensível, se mantém coerente e coeso, tendo vindo a fazer mais e melhor do que os anteriores em diversas áreas, nomeadamente no que respeita ao conhecimento e á formação e ao rigor nas finanças locais e regionais, que tanta tinta tem feito correr.
O ditador João Jardim, que até teve tempo de antena no canal do Estado durante uma hora (pobre Judite de Sousa...), num novo assomo da sua já reconhecida genialidade e coerência, primeiro ameaça demitir-se se a nova Lei das Finanças Locais fosse aprovada e depois (e antes...e durante...), deparando-se com a aprovação, distribui os habituais "cumprimentos" à esquerda e à direita, e já com o apoio de Marques Mendes, desafia o P. R. a dissolver a Assembleia Regional e a convocar eleições antecipadas...Este homem é um Senhor. Estranho é como ainda não chegou a um cargo condicente com a sua inteligência e dignidade.
Tenho tanto orgulho de ser português...