segunda-feira, setembro 29, 2008

Rentreés...

Aproxima-se a passos largos o regresso à vida chata do dia a dia de tantos e tantos milhões por esse mundo fora, regresso esse relembrado com os mais diversos e disparatados propósitos, como inícios de campanhas eleitorais ou saldos no super ou hipermercado em cada esquina destas cidades cada vez mais sem alma.
Um pouco pessimista talvez...mas real.
Com as eleições americanas e a crise financeira e económica a dominarem quase por completo todas os blocos noticiosas, por mais que se repitam as mesmas notícias "over and over and over again", pouco espaço sobra para falar no que se vai desenrolando cá no burgo.
E o P.S. continua o seu percurso, tranquilo, sempre presente e afirmando-se (apesar de todos os pesares e com uma grande ironia e sentido de oportunidade) como o único dinamizador de "mudança" capaz de ir conduzindo o barco, perante uma oposição completamente autofágica e cada vez mais inerte e incapaz de passar uma imagem de segurança e estabilidade.
Manuela Ferreira Leite era vista como a salvadora da pátria centro-direita mas até agora pouco soube mostrar do que efectivamente propõe para o País, a não ser uma pseudo-nova-abordagem à forma de fazer política em Portugal, relativamente à qual ainda ninguém percebeu muito bem em que consiste nem quais os seus objectivos últimos.
Discrição é bastante diferente de ausência...pelo menos no comum dos dicionários. E em política, frequentemente o que parece é. Infelizmente, neste caso, para mal da democracia, que se pretende vigorosa, com verdadeiro debate de ideias, ou, no mínimo, com a sua publicidade.
A estratégia do silêncio foi bastante frutuosa com Barroso e Cavaco e claro, como diz o povo, não há 2 sem três...mas neste caso parece-me que não há grandes alternativas ao status quo vigente, por muito que personalidades como o Dr. Aguiar Branco nos queiram fazer crer o contrário.
Quanto ao P.P.(Partido Popular) de P.P. (Paulo Portas), ou vice versa, sucedem-se os "tiros no pé"...O último, épico, trágico-cómico, foi a demissão "invisivel" de Nobre Guedes, que a Comissão Nacional veio posteriormente a ratificar por larga maioria, dando um claro sinal de que tudo está bem mesmo quando não acaba bem, e que vale tudo para tentar manter à tona um partido e um líder que, cada vez mais desesperam por uma "bolsa de oxigénio".

Assim vai este País...
Venham as eleições.

Rápido!