quarta-feira, maio 31, 2006

coisas de amanhã

Mi vientre es mi mundo interior:
el espacio vacio
de todo lo que fui dejando por el camino.

El mejor lugar donde buscarme.



Miriam Reyes, "Bela Adormecida" ("Bella Durmiente")
cosmorama edições
[tradução e posfácio: Pedro Sena-Lino]

sexta-feira, maio 26, 2006

the (re)birth of cool


Miles Davis. Faria hoje 80 anos.

quinta-feira, maio 25, 2006

friki!


«Derecho a dominar el Mundo!»

terça-feira, maio 23, 2006

Carrilho ou a interminável em busca da verdade (dele)

Que saudades que eu tinha de um bom debate à maneira antiga, com direito a acusação,resposta, contra-resposta, berros, claques... a bela da "peixeirada"!
O tema do debate, ou melhor, a desculpa encontrada para o confronto no que foi chamado de "arena de gladiadores" pelo sempre pertinente Pacheco Pereira (que funcionou no debate como a "figura parental" de Ricardo Costa, procurando a espaços acalmar um pouco os ânimos, mas optando durante a maior parte do tempo pelo silêncio) era algo como "quem manda nos jornalistas?" mas o assunto efectivamente abordado durante mais de duas horas foi um livro recentemente lançado pelo candidato derrotado à Câmara de Lisboa nas últimas eleições Manuel Maria Carrilho.
Apesar de (in)felizmente ainda não ter lido a referida obra, é notória a celeuma que o seu conteúdo tem vindo a causar e que Carrilho, a espaços bastante descomposto e agressivo, veio defender em prime-time, acompanhado de Emídio Rangel (a "father figure" deste lado da barricada, que prefaciou o livro e ainda não percebeu que o seu tempo também já passou, não deixando no entanto de tentar agitar ao máximo as águas...).
Ao que parece, ao longo das páginas do seu escrito, Carrilho tece uma série de comentários na sua maioria especulativos acerca do modo como a sua campanha eleitoral foi prejudicada por um lobby de interesses imobiliários associados à imprensa escrita e a empresas de comunicação, acusando directamente Ricardo Costa, entre outros nomes, de estarem envolvidos na suposta cabala, não chegando no entanto a produzir qualquer tipo de prova capaz de sustentar as suas alegações, nem tendo sequer desencadeado qualquer processo judicial no sentido de apurar a verdade dos factos.
Durante todo o debate, se é que se pode chamar debate ao que se viu, o carácter especulativo dos argumentos de Carrilho veio ao de cima e Ricardo Costa soube habilmente defender a seu canal, apresentando como contra-argumento uma série de entrevistas concedidas por Carrilho a diversos repórteres cujo texto aparentemente foi manipulado, tendo sido acrescentados e retirados excertos. Pacheco Pereira, mais ponderado como seria de esperar, optou por cinjir-se a comentar o livro, dizendo que este padecia do erro fundamental de levantar suspeitas para depois não as fundamentar devidamente. Emídio Rangel veio atacar o que apelidou de "mau jornalismo", defendendo as posições de Carrilho de forma mais reservada e chegando a apontar até nomes como Luis Delgado e Miguel Coutinho, que acusou de receberem avenças da PT.
Conclusão: ainda bem que Carrilho não ganhou as eleições em Lisboa e é pena que pessoas com uma imagem pública e representantes da classe política se sujeitem a semelhante papel em prime time no canal do Estado. Quanto ao livro, provavelmente se baseado numa investigação profunda, séria e acima de tudo impessoal, provavelmente seria uma obra interessante se focasse as estranhas dialécticas que se criam entre a política, os grupos económicos e grupos que detêm os orgãos de informação e controlam o 4º poder...pena que o pessoal se sobreponha ao essencial...Até à vista Manel!

segunda-feira, maio 22, 2006

ciência

Uma maçã acorda mais que um café. Se for atirada com força.

quinta-feira, maio 18, 2006

Ricardo Quaresma e o Mundial II

O "movimento" continua e eis que, com a devida autorização do responsável, publico mais um texto enviado para o referido endereço:

"
Exmo. Sr.,

É com pesar que recebi televisivamente a triste, ainda que previsível, notícia atinente à lista de convocados.
Muito me entristece ter ao leme da nossa selecção um Senhor de vistas curtas e que pauta a sua actuação por uma lamentável e incompreensível rigidez que, ao que me parece, é entendida pelo próprio e pela federação que o apoioa como "carácter" ou "ideias firmes".

Se não me será de todo impossível compreender esta confusão pelo Sr. Seleccionador (o português deste último provém de além mar e poderá ter umas nuances que explicarão a diferença de significados), o mesmo não se poderá dizer dos restantes elementos desta nossa (?) federação que, confio, saberão destrinçar uma coisa da outra.

É, no mínimo, lamentável, que seja preterido o melhor jogador do campeonato nacional (vulgo Ricardo Quaresma) e seja dada preferência a um outro jogador que mais não é de que suplente desde há 3 anos para cá e sem a desculpa de o ser em clubes de topo (vulgo Hugo Viana).

Desconheço a motivação que estará por trás da escolha de refugo quando se tem à mão carne de primeira.

A arrogância e o apoio que esta última recebe por parte de dirigentes de uma federação que se quer séria (?) é uma triste demonstração de terceiro mundismo e provincianismo.

Lamentável!

André Rodrigues dos Santos"


Assim também se faz democracia, assim também se faz e gere a "res" pública. Cidadania é possível no Futebol por muito que custe ao Pacheco Pereira!

Ricardo Quaresma e o Mundial

Ontem, num rasgo de loucura, coragem e consciência critica decidi escrever ao Sr. Luís (Luiz). Eis o teor integral, sem qualquer censura, do texto que carinhosamente enviei para o endereço da Federação Portuguesa de Futebol, fut_senior@fpf.pt:

"Nota prévia:

Mesmo sem saber se o presente texto/opinião será lido pelo responsável máximo (e não único) de todas as selecções nacionais de futebol, ainda assim lhe dirijo o mesmo:


Muito boa tarde Sr. Luís Filipe Scolari:

Desde já os meus mais sinceros parabéns pelo trabalho desenvolvido nos últimos anos na Nossa Selecção (a minha e a de todos os portugueses). Se nada mais houvesse, os resultados estão aí e demonstram e comprovam a excelência do S/ trabalho. Mas não é necessário recorrer à "lógica futobolesca" de que os resultados tudo justificam. No caso da selecção sénior, (é preciso que se diga que é sobre este escalão que me irei debruçar nas próximas palavras – afinal de contas é este escalão que V. Exa. é verdadeiramente o principal responsável, uma vez que nos outros escalões é uma responsabilidade meramente institucional) dizia, no caso da selecção sénior a capacidade de liderança e o respeito que incutiu em todos os jogadores é de realçar.

Não obstante, depois de tomar conhecimento da lista dos jogadores convocados, a minha consciência obriga-me a tecer algumas considerações e a fazer chegar a V. Exa. aquela que é a opinião de muitos portugueses, se não a de todos (aparentemente, só não será a opinião dos responsáveis da Federação!). Tal resume-se a um único ponto de vista: Ricardo Quaresma.
É lamentável que aquele que foi considerado unanimemente pela crítica desportiva, leia-se, treinadores, jogadores, jornalistas, opinion makers e incrivelmente pelos "treinadores de bancada" como sendo o MELHOR jogador da presente época em Portugal não seja convocado.
Não se trata de o comparar com este ou aquele jogador. É tão só uma questão de mérito profissional e desportivo.
Todas estas opiniões a que me refiro têm como ponto de partida seguinte ideia: na Nossa Selecção jogam os MELHORES jogadores nacionais que se mostrarem disponíveis para o efeito. Por isso mesmo, à simples questão "merece o Quaresma ser considerado um dos melhores jogadores nacionais e por isso ser convocado?", só se pode dar uma simples e imediata resposta: É CLARO!!!!
Ao invés, se olharmos para a lista de convocados o que vemos? Uma família. A família de V. Exa.. Que sentimento nobre! Mas é suposto a Selecção Nacional Portuguesa ser uma família? O que interessa mais aos objectivos Alemanha/2006, a união e espírito de grupo ou a qualidade dos jogadores e o mérito desportivo destes? Com Quaresma na Selecção teríamos menos família?
A selecção é de TODOS. Pois bem, se todos queremos Quaresma na selecção, qual a razão que justifica não o ter convocado?

Os nossos dirigentes federativos definem V. Exa. como sendo um seleccionador determinado e de ideias fortes. Porém, tanto determinismo em outras tantas situações mais parece teimosia. Ora, para marcar posição, ora só para contrariar…e convenhamos, decidir só para ser do contra, vale o que vale!!

Pela presente pretende-se apenas demonstrar que nem sempre se está correcto e admitir o erro é uma virtude. Terá V. Exa. a HOMBRIDADE de o fazer?

Creia-me: As melhores felicidades.

João Costa
P.S. – Para o caso de o presente texto não ser lido pelo Sr. Luís, queira V. Exa. de o fazer chegar ao responsável pelo Sr. Luís, o Sr. Dr. Gilberto Madaíl a fim de este também se inteirar daquele que é o sentimento geral do Portugueses… "

Deixo à Vossa consideração se devem, podem ou querem fazer igual!!

quarta-feira, maio 17, 2006

coisas de amanhã


sérgio carolino é walking tuba, wha-wha tuba, didgeridoo tuba ; alexandre "o grande" frazão, o baterista do momento ; guitarras e dobro by mário "comics" delgado. TGB são portugueses e como o que é nacional, são bons, muito bons.

quinta-feira, maio 11, 2006

inauguração

Reabre hoje o Batalha! Na minha adolescência era dos poucos cinemas que frequentava (também ia ao Passos Manuel) por ser perto da paragem dos autocarros que ligavam Valongo ao Porto, ali no Bolhão, onde ainda hoje é.

quarta-feira, maio 10, 2006

sem título (nem sentido)

(enquanto espero por um colega para almoçar venho aqui dar a mijinha da semana)

E é assim. Está calor, está. Parece que vai melhorar. Diz que sim. Pelo menos era o que diziam as notícias. Eles às vezes enganam-se. Ainda no outro dia disseram que ia fazer frio e esteve um sol do caraças! A modos que nem sei. Às tantas ainda dá para frio sem a gente saber... Já não se pode confiar em ninguém. É o país que temos, é uma tristeza. Ainda ontem disse-me a minha cunhada que o mais velho dela chegou a casa todo ramado, por causa de ter ido àquela festa dos estudantes, e tal... Diz que é sempre assim, todos os santos anos se juntam para os copos - parece que também tem música, mas diz que nunca na ouvem...que é que interessa estarem a pedir dinheiro aos pais - que sabe Deus o que passam para o ganhar - para depois nem nunca se lembrarem de nada do que fizeram, com a bebedeira? É uma tristeza... esta juventude é uma tristeza. No meu tempo não havia nada disto. Era mas é um Salazar para os pôr na ordem, é o que era! Se tem algum jeito andar pela cidade a fazer aquelas figuras, a partir garrafas - de vidro! - e a sujar tudo...? Ao menos o meu Nelo tem o juizo no sítio. Não, que eu cheguei-le tantas que ele aprendeu como deve de ser! Ai aprendeu aprendeu! Que agora qualquer coisa "pst! ó Nelo, anda cá", que é um instantinho a fazer favores quando a gente precisa. Agora o da minha cunhada, aquilo é um malcriadão! Diz que até já fuma e o caraças...É de ver o pai e fazer igual, é o que eu lhe digo é de veres o teu pai, mas olha que isso não é jeito de viver, que chegas aos trinta e tal começa-te a dar a tosse e aos cinquenta já quinastes. Ouve o que eu te digo. É certo sabido. Com o teu avô foi igual. (Também aquilo era folhas de jornal enroladas, valha-me nossa senhora, só de pensar...)

(chegou o meu colega. até para a semana)

quarta-feira, maio 03, 2006

coisas de amanhã