sexta-feira, agosto 28, 2009

Glorious Tarantino




Inglourious Bastards é o que os americanos tanto gostam de chamar "instant classic".
Tarantino consegue fazer tudo aquilo que quer e gosta, sem cedências, e simultaneamente supera as expectativas dos seus fãs e cinéfilos por esse mundo fora.
Para qualquer cinéfilo que se preze, mesmo não sendo fã da sua particular visão cinematográfica, este é inegavelmente um grande filme e um dos melhores de Tarantino, em que dá um passo adiante na estética singular comum a toda a sua filmografia .
Nesta espécie de conto/sonho de qualquer judeu, que sintomaticamente começa com um "Once upon a time", marcando a vertente absolutamente ficcional de toda a trama, Tarantino dá o mote para o que todos os filmes de "silly season" podiam e deviam ser: histórias bem contadas e estruturadas, acompanhadas de boas interpretações e melhores textos e com clássicos musicais a enquadrar as melhores cenas (porque há uma mão cheia delas, dignas de constar de qualquer história do cinema).
Parece fácil...mas uma rápida passagem pelos cartazes das nossas salas de cinema e uma aventurosa ida a uma sessão confirma que não é bem assim.
A mistura entre filme de guerra "spaguetti", comédia, acção e drama resulta perfeita.
O resultado: entretenimento, puro e duro, como a época pede e todos nós gostamos.
Tarantino filma na Alemanha com um elenco maioritariamente europeu, verdadeiro desfile de estrelas do cinema alemão (a bela e talentosa Diane Kruger, Michael Fassbender (de "Hunger" um dos grandes filmes do passado recente, aqui num óptimo desempenho e com uma das melhores cenas do filme), Christoph Waltz (Coronel Hans Landa, o melhor actor do ano em Cannes e o melhor de todo o filme), Daniel Brühl ("Goodbye Lenine")) e alguns bons actores franceses como a inesquecivel Shosana Dreyfuss interpretada por Mélanie Laurent.
O filme cruza 2 histórias paralelas que distribui por 5 capítulos, mantendo a já tradicional estrutura "tarantiniana".
Começamos na França ocupada do início da década de 40 do século passado, pela história de Shosana, judia, única sobrevivente do brutal massacre de toda a sua família, que, a seu tempo, terá a oportunidade de uma vida para vingar.
Em seguida conhecemos os infames Basterds, um grupo que, na boa tradição de "The Dirty Dozen", tem como única missão matar nazis, com o bónus de vingarem o massacre a que o seu povo foi sujeito, visto terem em comum o facto de serem judeus.
A vingança que levam a cabo espalha o medo entre os oficiais alemães, chegando aos ouvidos do próprio Führer, que desespera perante tamanha ousadia.
As típicas cenas de diálogo sem cortes estão presentes, quase sempre em plano contínuo, garantindo o realismo e assegurando o suspense em momentos-chave cujo desenlace influencia todo o futuro das personagens.
A violência é gráfica e explícita, sem disfarces nem subterfúgios. Carrega o simbolismo da redenção pela vingança (que na realidade nunca chegou a acontecer...infelizmente) que todas as personagens principais buscam e, em última instância, lhes dá motivação e alento para se manterem vivos, um objectivo a que entregam a sua existência e que levam às derradeiras consequências, por todos meios ao seu alcance, por mais inortodoxos que possam parecer.
A sequência basilar de todo o filme acontece no cinema de que é proprietária Shosana, levando ao clímax todas as premissas semeadas ao longo da trama, com imagens poderosas e que, apesar de todo o espectáculo e inevitável choque e espanto, nos deixam um sorriso nos lábios.
Tarantino conclui com chave de ouro e deixa o seu nome gravado na história do cinema por, mais uma vez, provar que o cinema, mantendo-se pop, pode simultaneamente atraír público aos cinemas e ser tão ecléctico como o melhor da 7ª arte europeia, cujos actores incansavelmente celebra ao longo de mais de 2h30m.

That´s entertainment!

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quinta-feira, agosto 27, 2009

Them Crooked Vultures

Queens of the Stone Age, Nirvana e Led Zeppelin juntos...não não é um sonho.
Estão mesmo a dar concertos juntos: Josh Homme, John Paul Jones e Dave Grohl.
Potente é mero eufemismo.

o teaser



Em estúdio



LIVE|



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Kid Cudy

Musiquinha top.
Ainda demora um bocado a saír para os escaparates mas fica aí a amostra...
Promete!

Kid Cudi - Make Her Say Feat. Kanye West & Common (HD) from DP on Vimeo.

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terça-feira, agosto 18, 2009

Les Paul 1915-2009


Morreu o inventor da guitarra eléctrica como hoje a conhecemos.
Lembrou-se também de criar a gravação multi-pistas, que ainda hoje é utilizada e revolucionou por completo a produção musical do séc. passado.
Sem a sua genialidade não teríamos Beatles, Rolling Stones, Clapton e tantos outros que escreveram a história com as suas guitarras.
Tocou até à despedida final.
Mais um que se junta ao "Great gig in the Sky"...

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segunda-feira, agosto 17, 2009

The Bird and the Bee

Um disco com sabor a Verão.
Um clip bem divertido, com David Lee Roth parodiado e Ken Jeong (vejam o papel dele em "A Ressaca") a dar show.
Um mimo...

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Com este Sr. não há surpresas...

...nem rivais.
Apenas novas metas.
A facilidade com que vence é novamente impressionante.
Resta-lhe apenas superar-se a cada nova corrida.
Novo recorde do Mundo dos 100m: 9.58.
O anterior também era seu...

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Bom futebol?

Esta semana só na Holanda...

domingo, agosto 16, 2009

Woodstock Music and Arts Fair




Há 40 anos, neste preciso dia, vivia-se o 2º de 3 dias inesquecíveis na herdade de Max Yasgur em Bethel, New York.
Houve tentativas posteriores de reviver esta ideia pioneira mas nenhuma com a mesma força icónica do Woodstock de 1969.
Woodstock ficou para a posteridade como a orgulhosa bandeira de um movimento social e cultural que revolucionou por completo e sociedade americana e, inevitavelmente, toda a mundividência ocidental.
Concretizou a utopia hippie de paz e amor.
Toda uma nação, e posteriormente todo o Mundo, testemuhou esse encontro de almas em busca de algo para além de si mesmos, totalmente ausente nos formatos que a sociedade do seu tempo tinha como aceitáveis e "normais".
Perante dificuldades causadas por intempéries, lama, falta de alimentos e água, é já lendária a forma como mais de meio milhão de pessoas (inicialmente esperavam-se 200 mil pessoas, o número de bilhetes vendidos...algo totalmente irrelevante porque nenhuma vedação foi capaz de conter a multidão que ali se concentrou) conseguiu em paz e concórdia dar à história o melhor festival de sempre.
As receitas foram nulas, os prejuízos da organização épicos...mas mesmo quem inicialmente procurava lucros, acabou por render-se ao facto de que apenas tinham dado o passo inicial para que algo maior acontecesse.
A magia de tudo isto: a música foi o elemento agltinador.
Santana, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jefferson Airplane, The Who, Joe Cocker, Sly and the Family Stone e tantos outros deixaram o seu nome gravado na história e na memória de muitos, embora quem lá esteve use o chavão "if you remember it, you weren´t there!"
Numa época em que, mais do que nunca, ecoava em cada acorde e sílaba a voz de toda uma geração, esta foi a imagem perfeita do poder, ainda hoje ignorado, que a música pode ter na sociedade contemporânea.
Palavras para quê?

















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sexta-feira, agosto 14, 2009

A reforma do sistema de saúde nos EUA

Obama corajosamente decidiu uma levar em diante uma profunda transformação no sistema nacional de saúde.
A oposição republicana tem sido feroz, pois viu serem postos em causa lobbys enraízados.
Mas rapidamente a escalada dos acontecimentos tem revelado uma preocupante falta de bom senso e as ameaças têm sido constantes ,quer aos congressistas do partido democrata quer ao próprio Obama.
Os EUA naquilo que têm de pior: a tacanhez e uma espécie de violência e loucura latentes que, ao mínimo estímulo, revelam-se catastróficos.

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quarta-feira, agosto 12, 2009

Nem sempre o Facebook ajuda...

quinta-feira, agosto 06, 2009

Ausentes dos festivais portugueses...

...mas presentes por aqui.
Talvez para o ano cá passem.
Merriweather Post Pavillion, a obra-prima dos Animal Colective (o melhor do ano, na humilde opinião deste vosso escriba), passou pelo Cinema BAtalha cá no burgo mas nos festivais nem rasto.
Fleet Foxes, cujo álbum de estreia foi quase unanimemente aclamado pela critica como o melhor de 2008 e St. Vincent, que constará com certeza entre os 10 melhores deste ano que tarda em terminar, tiveram idêntico tratamento.
Já os Cymbals Eat Guitars surpreenderam com o seu rock simultaneamente melódico e visceral...mas ainda não o suficiente para porem o seu pezinhho por terras lusas.
Fica o esboço de um micro-festival à medida da dimensão do blog que o divulga.

Animal Colective




Fleet Foxes



St. Vincent


Cymbals Eat Guitars

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Andrew Bird

É um dos mais geniais criadores da actualidade, um verdadeiro one man show.
Fica o testemunho para quem ainda não conhece, a confirmação para quem ainda tinha dúvidas.





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sábado, agosto 01, 2009

They´re back :)



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